Manhã chuvosa de quinta, 09 de Dezembro de 2010Por Daniel Lacerda
Quinta-feira, 09 de Dezembro de 2010. Clima de final de ano, final de aulas, final de 2010. Mas acompanhado disso, clima de um começo para tudo, na expectativa de um novo tempo.
Mas o assunto que o blog quer falar hoje toca muito mais que expectativas, mas sim, coisas cotidianas, que são tão importantes e fantásticas, que ás vezes esquecemos. Coisas tão bonitas, que não nos damos ao trabalho de saber o quanto são importantes. Coisas essas que tem um grande poder, se soubermos como tratá-las.
Semanas atrás eu não havia compreendido direito o que são essas coisas. Estava tendo momentos saturados, dias cheios de compromissos e atividades, mas esvaziados de idéias. Dias sem conversa, sem ter um diálogo que não fosse comercial. Daí o sentido de minha falta de compreensão.
Mas tive um prazer que uma enorme quantidade de pessoas não tem, e das poucas que tem eu acredito sejam felizes. O grande lance foi a maneira da qual me fez estar diante dessa descoberta. Vou fazer um resumo.
Foi em uma noite de sexta-feira, 27 de Novembro deste ano. Eu estava deprimido por uma desilusão amorosa, caso que não acontece com frequência comigo. Estava construindo uma estrutura encima de uma pessoa, da qual a base era muito fraca para suportar, não que a pessoa seja ruim, pelo contrário, foi mais por incompatibilidade de idéias. E nessa noite eu não estava feliz com minha vida, parecia que minhas idéias não eram feitas para esse mundo, mas para um outro que ainda não descobri. Isso era o que tinha em mente. Eu estava infeliz da maneira que as coisas estavam, da maneira que as pessoas eram, de tudo. Minha frequência de vibração não era essa. E ainda acredito que não seja, para ser mais franco.
Mas quanto mais pensamos saber, mais a vida nos faz novas perguntas. O que antes eu imaginava ser um sofrimento, em se tratando dessa desilusão, se tornou uma chave para muitas outras descobertas. Aquilo se tornou uma forma de filosofia, que me levava à refletir. E foi isso que fiz. Comecei com algumas teses, das quais quero partilhar, que se tornaram iluminações, que sinto orgulho de tê-las descoberto.
Depois do acontecido, saí pela rua e encontrei um amigo. César, mais conhecido como "Imperador". Um cara cheio de histórias pra contar, de uma ótima índole e bons pensamentos, Também leitor do blog. Quando começamos a conversar e filosofar idéias tão bem compreendidas por nós, minha mente foi fazendo uma viagem, que me levava pra longe daquele local. Aquilo tudo foi se abrindo, momentos novos que me esperariam para viver, tudo foi se iluminando. Essa é uma sensação que só quem já viveu pode contar.
Aquela idéia só estava amadurecendo na minha cabeça. A cada dia que passava, eu estava entrando em um universo que me instigava, me convidava a participar. Todos os dias encontrava com um amigo, ou mesmo conhecia um novo, mas sempre tínhamos boas conversas, que me tocavam e me incitava para pensar.
Em uma noite de terça, encontrei com dois amigos. O Ivan Silva, escritor do blog "Trem Brasileiro", e seu irmão Watson Silva, guitarrista da banda "Maquinários". O Watson me relatou como foi que recebeu com amor, a ajuda que todos seus fãs fizeram no último fim de semana. Ele está sofrendo com um grave problema de vista, e quase perdeu sua visão, mais com a ajuda de todos, foi organizado um festival beneficente, com a presença de várias bandas da cidade. A emoção presente no festival foi incomparável, segundo ele.
Sim caros leitores, essa é a tal coisa que falei. Tem vários nomes, desde emoção, amor, apreço, respeito. Tudo isso é conseguido através da união. União de forças de pessoas que para os grandes nada são, a não ser simples operários que movem a máquina. Mas para Deus, são grandes soldados, que tem poder de mover montanhas, através de sua força de batalha. Agradeço todos os dias por ter essas pessoas em minha vida, e poder contar com seu apoio para me oferecer momentos tão especiais, e simples, que aumentam tanto nosso campo de visão.
Como costumo dizer, temos sempre como aprender dos mais variados tipos de pessoas. E não tem essa de que quem consome é feliz, quem tem mais sorri mais alegre, como está sendo pregado nessa época de natal. Na verdade quem sorri mais, é quem faz mais motivos para ser feliz!
Que juntos, esse sentimento possa crescer, e a nossa força de juventude possa ser usada da melhor maneira possível.